Veja mente?

Para os twitteiros que adoram repetir #vejamente, no microblog, lembrem que o ex-presidente Fernando Collor falou a mesma coisa quando a revista o denunciou em 25/05/1992.

Alias, ele deve estar orgulhoso de ver tanta gente de "esquerda" concordando com "elle" sobre a revista Veja, além de ver Lula e Dilma, sua candidata, repetindo isso em campanha aberta.

É absurdo usar o recurso do marketing nazista de repetir uma mentira até virar verdade. Não funcionou com Hitler e muito menos aqui como no caso recente do mensalão.

Quem não lembra da cara de pau do tesoureiro Delúbio Soares repetindo "recursos não contabilizados" ao invés de "CAIXA 2"?

Ou esqueceram do Sr. Duda Mendonça afirmando que recebeu milhões de dolares no exterior pagos pelo trabalho na campanha de Lula?

Mas não precisamos nos preocupar. Se algo novo aparecer é só depois sair por ai e repetir o novo mantra da esquerda: "VEJA MENTE".

Só de escrever isso me sinto mais socialista...

Investigações sobre sujeira na política adiantam?

Enquanto vemos várias matérias com denúncias sobre sujeira nos bastidores do poder federal, sendo a maior parte delas, na sala ao lado do futuro ex-presidente, ficamos com a expectativa de que a Polícia Federal não pare a investigação quando encontra alguém dentro da lista de amigos de algum partido amigo do poder (ou do partido que esta no poder).

Já cansei de escutar frases como "a investigação seguirá critérios técnicos e republicanos" ou "nego peremptoriamente", para depois vermos gravações colocando os fulanos com cara de "eu não me lembro" ou "eu não sabia".

Erenice Guerra, que fez uma verdadeira feira de favores na Casa Civil, ou o mais recente caso da descoberta de violações de direitos civis (como do sigilo fiscal de políticos e familiares da oposição ao governo) são exemplos que fazem com que fiquemos perplexos com a falta percepção da sociedade do quanto isso é errado em uma democracia.

Um pais com o histórico de restrições democráticas como o nosso não devia ter um povo tão tolerante a estes acontecimentos.

Agressão a Serra - O protesto do jornalista do SBT

Postado no Blog do Noblat

Nota do jornalista Marco Alvarenga, autor da reportagem do SBT sobre a agressão a Serra:

"Fiquei profundamente transtornado ao ver e ouvir no programa eleitoral da candidata Dilma Roussef um trecho da reportagem que gravei sobre a agressão sofrida pelo candidato José Serra no Rio.

Em toda minha carreira profissional, NUNCA participei direta ou indiretamente de qualquer campanha eleitoral. JAMAIS servi a candidaturas, e desejo continuar assim. Não aceito, por mais insignificante que seja, qualquer associação do meu trabalho a esta disputa subterrânea. Minha voz só a mim pertence.

Em nenhum momento na matéria afirmo que o objeto que aparece nas imagens foi o único a atingir José Serra durante a confusão, muito menos ter sido o causador da dor manifestada pelo candidato.

Perguntei a 2 assessores do PSDB se haviam visto o quê atingira Serra. Eles responderam negativamente.Tentei, por meio de assessoria, ouvir o candidado. Ele preferiu falar apenas à TV Globo.

Fui informado de que a direção de jornalismo do SBT não autorizou a veiculação e , prontamente, acionou o departamento jurídico para adotar as providências necessárias. Isto me alivia. Fosse outra a postura, não me sentiria mais em condições de continuar nesta casa."