quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Guerra aberta no Rio - Big Brother da Violência no Brasil


Surpreso, boquiaberto, pasmo, abobalhado... Não existe nenhuma palavra que possa descrever como fiquei quando vi ontem as cenas de assassinato a sangue frio na mega operação policial realizada na Favela da Coréia, em Senador Camará, estado do Rio de Janeiro.

A repercussão foi tão forte que o governador do Rio, Sérgio Cabral, teve que dar diversas declarações hoje afirmando que a polícia não recebe nenhuma orientação do governo para matar a esmo.

As explicações foram a resposta aos vários protestos de entidades da sociedade civil. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) classificou como "aterrorizantes" as cenas exibidas, nesta quarta-feira, que mostraram os policiais abrindo fogo contra dois traficantes em fuga. O saldo da ação foi de 12 mortos, entre eles um policial e uma criança. Leia no link abaixo um dos protestos mais fortes:


O governador ainda afirmou que a política do governo é a de combater o tráfico de drogas e retirar de circulação arsenais de guerra em caráter "inquestionável e irrevogável".

Até o ministro da Defesa, Nelson Jobim, apoiou a ação tomada pela polícia do Rio de Janeiro de mandar bala pra cima do crime organizado.

- No Rio, houve uma decisão correta do governador de ir para o enfrentamento ao crime organizado - avaliou o ministro da Defesa.

Jobim ainda pretende voltar a debater o uso de tropas militares contra violência urbana.

O certo é que depois de lutar para sustentar a família e para livrar da influência da criminalidade, o próximo desafio da família brasileira que (sobre)vive em bairros populares é não ser vítima da ação de combate ao crime organizado.

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