quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Sem Renan na presidência, Senado aprova fidelidade partidária

Depois de tomarem uma rasteira com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de colocar um ponto final na bagunça sobre fidelidade partidária no Brasil, o Senado encurtou alguns prazos e, em aproximadamente 2 horas, conseguiu aprovar, a PEC (proposta de emenda constitucional) que puni com a perda do mandato os detentores de cargos eletivos que entrarem no trem da alegria da troca de partido.

Por incrível que pareça a iniciativa foi do senador Marco Maciel (DEM-PE). Sim, aquele vice do FHC que nunca aparecia e ficava mais para mordomo de filme de terror foi que colocou a proposta na mesa. O relator foi o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).

Com a nova lei os mandatos executivos (presidente da República, governadores, prefeitos e respectivos vices) e parlamentares (senadores, deputados federais e estaduais e vereadores) são atingidos diretamente.

Mas a PEC da fidelidade partidária ainda terá que passar pelos deputados para, se aprovada a tempo, entrar em vigor nas próximas eleições municipais. Caso contrário, o inicio da vigência será apenas para 2010.

Se não fosse o STF e o TSE tomarem as rédeas talvez não veríamos uma votação destas ainda neste plano de existência humana, pois não era do interesse de nunhum figurão do executivo federal acabar com o troca-troca, pois os partidos da base de apoio sempre foram inflados com a migração de deputados e senadores mais interessados em verbas do que em ideologia.

Alias, acho que alguns devens até se confundir, se forem perguntados sobre a diferença entre "fisiológico e ideológico".

Se algum senador pensou em posar de guardião da fidelidade perdeu o seu tempo e o dos cidadãos também.

Agora, mais do que nunca, vale lembrar o ditado " Depois da casa arrombada não adianta colocar cadeado".

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